segunda-feira, 9 de julho de 2012

A IGREJA DE HOJE E A IGREJA DO SÉCULO III

INTRODUÇÃO:

No ano de 295 D.C., O imperador Diocleciano assume o poder do império romano e divide o império em quatro partes,  Ilíria,  Itália, Gália e Nicomédia, que são governadas por quatro co-imperadores, respectivamente. O pai de Constantino, Constâncio é o imperador da Gália, Constantino logo se destaca como exímio soldado e grande estrategista, sendo educado no palácio imperial sob o olhar de Diocleciano.

No ano 306 D.C., Constantino vai ao encontro de seu pai na Gália, passando a combater junto a ele. Em uma revolta contra os bárbaros da Bretanha, seu pai já debilitado morre e ele é aclamado imperador da Gália pelas tropas, ato este que é aceito pacificamente.

Influenciado por sua mãe Fausta, a ambição de Constantino aumenta e ele parte para se tornar único imperador de todo o império. Em uma batalha contra o co-imperador de Roma Maxicêncio, conta-nos o historiador Euzébio de Cezaréia, que Constantino tem uma visão de uma figura no céu com as letras X e P, iniciais de Cristo em grego e uma frase: "Com esse símbolo vencerás".  Então manda pintar nos escudos dos soldados as letras X e P, vence a batalha e se declara cristão desde então.

Na realidade, ele vê essa atitude como uma oportunidade para ganhar a simpatia dos cristãos que crescia assustadoramente no império, apesar das grandes perseguições, tanto é que ele continua adorando o deus sol (invictos) e só na semana de sua morte ele é batizado.

Constantino implanta o cristianismo como religião do império sem contudo proibir a prática  de religiões pagãs. A igreja cristã deixa de ser perseguida, no entanto surgi uma forte hierarquia eclesiástica no seio da igreja, tornando-a fonte de poder, Jesus Cristo deixa de ser o cabeça da igreja, sendo a liderança da igreja atribuída a homens, dando assim abertura ao poder papal.

Do ponto de vista protestante, o papado não é uma instituição de origem divina, mas resulta de um longo e complexo processo histórico. As Escrituras não apontam esse ofício como uma ordenança de Cristo à sua igreja. Um fato indiscutível é que não houve episcopado monárquico no primeiro século, no âmbito do cristianismo as igrejas eram governadas por colegiados de bispos ou presbíteros. (At 20.17 ; Tt 1.5).

A igreja é invadida por práticas de heresias, como a introdução de imagens de santos, indulgências, rezas dedicadas a santos para interceder perante Deus, etc. A igreja se desvia de seus fundamentos e propósitos que era a divulgação do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação.

Podemos perceber o quanto isso trouxe grandes prejuízos para a igreja, no tocante ao seu verdadeiro propósito e essa influência se reflete até os nossos dias. Onde podemos comparar a igreja dos dias atuais com a igreja dos dias de Constantino.

A igreja Católica Apostólica Romana mantém praticamente o modelo implantado na época de Constantino, o papado se manteve dando poder total ao papa sobre a igreja, sua infalibilidade é mantida.

Nas igrejas ocorre a busca pelo poder; as novas indulgências são disfarçadas em vendas de rosas milagrosas, bastões do poder, fogueiras de Israel, água do rio Jordão e tantas outras. Hodiernamente, alguém que discorda da igreja, se afasta e funda uma nova igreja, homens se auto ordenam como pastores, esposas de pastores, que na maioria das vezes se auto ordenaram, são ordenadas pastoras. O evangelho passa a ser antropocêntrico deixando de lado a cruz de Cristo, distanciando de um culto Cristocêntrico.

CONCLUSÃO:

Apesar de tudo isso, assim como nos dias de Constantino onde a verdadeira igreja do nosso Senhor Jesus Cristo permaneceu fiel nas catacumbas de Roma, temos muitas igrejas, verdadeiras igrejas do nosso Senhor que estão firmes e fiéis, pregando a pura mensagem de salvação, através da obra redentora de Jesus na cruz do calvário para todos que nele crer. SOLI DEO GLORIA. Pb. Gilson dos Santos.

FONTES: O Livro dos Mártires de John Fox, A Caminhada Cristã na História de Alderi Souza de Matos.

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